O Poder e a História dos Faraós do Egito Antigo

O faraó era o líder supremo do Egito na época antiga. Os faraós egípcios eram considerados a encarnação do deus Hórus na Terra e eram reverenciados como seres divinos vivos.

O faraó era o governante na antiga civilização egípcia, atuando como uma figura que conectava o plano terreno e o divino, além de supervisionar os vários territórios do Egito. Seu governo era teocrático e seu poder abrangia aspectos políticos, religiosos, legais, administrativos e militares. Durante a história egípcia, houve um total de 31 dinastias de faraós. Entre os faraós e rainhas mais notáveis, destacam-se: Menés, Amenófis IV, Tutâncamon, Ramsés II, Hatshepsut, Tutmés III e a rainha Cleópatra.

Pintura egípcia antiga em papiro.

Resumo sobre faraó

  • O faraó era o título do governante no Egito Antigo.
  • O Egito testemunhou 31 dinastias de faraós ao longo de sua história.
  • O primeiro faraó do Egito Antigo foi Menés, que unificou as regiões do Alto e do Baixo Egito por volta de 3000 a.C.
  • O faraó era considerado um “ser divino vivo”, e seu poder era sustentado por meio da religião, fundamentando-se na crença na imortalidade da alma.
  • O faraó utilizava arquitetura e arte para demonstrar a magnificência de seu domínio.
  • Ele controlava a gestão da água, das terras, a produção agrícola e supervisionava a construção de obras públicas, como templos, palácios, esculturas e canais de irrigação.
  • Alguns dos faraós e rainhas mais renomados da história egípcia incluem Menés, Amenófis IV, Tutâncamon, Ramsés II, Hatshepsut, Tutmés III e a rainha Cleópatra.

Quem eram os faraós?

O faraó representava a mais alta autoridade que governava o Egito Antigo, detendo poderes políticos, religiosos, legais, administrativos e militares. Era visto como a encarnação do deus Hórus na Terra, sendo considerado um “ser divino vivo”, e suas decisões tinham força de lei. Controlando todo o território egípcio, ele governava com o auxílio da elite e de funcionários públicos, como conselheiros, sacerdotes e escribas.

Dos túmulos dos reis em Tebas descobertos por Giovanni Battista Belzoni, 1820. Imagem original da Biblioteca Pública de Nova York.

Os faraós governavam em um sistema teocrático, onde o poder emanava da divindade. Seus símbolos eram o bastão, representando o domínio, e a coroa dupla, simbolizando a união do Alto e Baixo Egito.

História dos faraós

O Egito conheceu 31 dinastias de faraós ao longo de sua história, distribuídas em três períodos principais: Antigo Império (3200 a.C. a 2300 a.C), Médio Império (2055 a.C. a 1650 a.C.) e o Período do Império Recente (1500 a 1085 a.C.). As diversas regiões foram unificadas por volta de 3000 a.C. sob a liderança de Menés, considerado por muitos historiadores como o primeiro faraó. É relevante mencionar que alguns documentos históricos se referem a Menés como Narmer (nome na tradução grega).

Os faraós atuavam como intermediários entre o mundo terreno e o divino, bem como entre as várias regiões do Egito. Entre os faraós e rainhas mais lembrados da história, destacam-se: o faraó Amenófis IV e sua esposa Nefertiti; o jovem faraó Tutâncamon; o faraó Ramsés II; a rainha Hatshepsut, celebrada como filha do deus Amon; o faraó Tutmés III, conhecido como o “Napoleão do Egito Antigo”; e a rainha Cleópatra.

Qual o poder dos faraós?

O poder dos faraós estava fundamentado na religião, pois eram considerados deuses vivos. No Egito Antigo, a religião permeava todos os aspectos da vida cotidiana. Com sua crença politeísta em deuses com características antropomórficas, zoomórficas e antropozoomórficas, os egípcios viam o faraó como o descendente de Rá e a encarnação do deus Hórus, divindades relacionadas ao Sol.

Os faraós empregavam a arquitetura e a arte para demonstrar a grandiosidade e a autoridade de seu governo. Nesse contexto, foram erguidos diversos monumentos funerários, como mastabas e pirâmides, além de templos religiosos, esculturas e pinturas.

Dentre as estruturas notáveis construídas, destacam-se as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, sendo a primeira considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Além das pirâmides, a esfinge de Gizé, criada durante o reinado de o faraó Quéfren (2575-2465 a.C.), também é uma renomada obra mundial.

A escrita também foi usada para registrar a história dos faraós, decorar monumentos e exibir poder. As escritas hieroglífica, hierática e demótica são as mais conhecidas.

Qual era a função dos faraós?

O faraó desempenhava a função de líder do Estado e guia religioso em uma monarquia teocrática. Sendo considerado um deus vivo, concentrava o controle sobre os âmbitos político, econômico, social, administrativo, legal e militar.

Necrotério de Hathseput no Egito.

Os faraós também regulavam a gestão da água, das terras, a produção agrícola e determinavam a construção de obras públicas, incluindo templos, palácios, esculturas e canais de irrigação. Além disso, coletavam impostos da população, o que fortalecia sua riqueza e influência.

Como era a vida dos faraós?

O faraó levava uma vida luxuosa, possuindo dois ou mais palácios repletos de móveis adornados com ouro, participava de cerimônias em sua honra e desfrutava de uma dieta abundante. Vestia-se com trajes de linho, usava joias de ouro e gemas preciosas, aplicava óleos e poderia ter várias esposas, embora somente a primeira detivesse o título de rainha.

O poder dos faraós era reforçado pela religiosidade e pela crença na imortalidade da alma. Com o intuito de preservar o corpo, o processo de mumificação do faraó era muito mais elaborado do que o das demais camadas sociais, acompanhado pela construção de monumentos funerários, como as pirâmides.

Para imortalizar suas realizações e honrar as divindades, os faraós encomendavam a construção de grandiosos templos. A escrita hieroglífica e a arte eram utilizadas para representar aspectos políticos, sociais, culturais e econômicos de suas vidas, além de homenageá-los. Quando os faraós apareciam em público, utilizavam uma liteira para que fossem identificados pela população.

Quais os faraós mais famosos da história?

Amenófis IV e sua esposa Nefertiti

Um dos líderes egípcios mais lembrados da história é o faraó da 18ª dinastia, Amenófis IV (1388-1335 a.C.), que tentou estabelecer o monoteísmo no Egito Antigo, promovendo o culto exclusivo ao deus Aton (disco solar) e alterando seu nome para Akhenaton (aquele que adora Aton). Construiu templos em várias cidades egípcias e em Karnak, honrando sua esposa Nefertiti com quatro estátuas colossais. Além disso, Amenófis foi o pai de Tutancâmon, o jovem

Tumba de Tutancâmon.

Tutancâmon

A fama de Tutancâmon não se deve a grandes realizações na Antiguidade, já que ele faleceu com apenas 18 anos de idade, tendo um governo curto. Em sua tumba no Vale dos Reis, o pesquisador inglês Howard Carter e sua equipe encontraram uma série de tesouros, incluindo vasos, carruagens, esfinges, esculturas, o sarcófago e o trono do faraó esculpido em madeira e coberto de ouro. Essa descoberta tornou o nome do faraó amplamente conhecido.

Ramsés II

O faraó Ramsés II, que reinou de 1279 a.C. a 1213 a.C., ficou marcado por erigir grandes monumentos, como o templo de Abu Simbel. Em 1968, durante a construção da barragem de Assuã no Egito, o templo de Abu Simbel, com aproximadamente 20 metros de altura, teve suas rochas cortadas em blocos maciços e transferido para um local acima do nível da água da represa, com o apoio da Unesco e cooperação internacional.

Rainha Hatshepsut

A rainha Hatshepsut, exaltada como filha do deus Amon, governou de 1511 a.C. a 1480 a.C. Ela é lembrada principalmente pela construção do templo mortuário de Deir el-Bahari, em Tebas Ocidental, próximo às regiões do Vale dos Reis e Vale das Rainhas.

Tutmés III

O faraó Tutmés III, filho de Tutmés II e sobrinho-enteado da rainha Hatshepsut, governou o Egito entre 1479 a.C. e 1425 a.C. É conhecido como o “Napoleão do Egito Antigo” devido às inúmeras vitórias militares durante seu reinado.

Rainha Cleópatra

Entre os líderes mais proeminentes do Egito Antigo, destacou-se uma mulher: a rainha Cleópatra. Filha de Ptolomeu XII, Cleópatra governou entre 51 a.C. e 30 a.C. Ela é lembrada por sua inteligência, habilidades políticas e beleza. Além disso, sua vida foi marcada pelo envolvimento com os governantes romanos Júlio César, do primeiro triunvirato romano, e Marco Antônio, do segundo triunvirato, bem como por seu trágico fim, que culminou em suicídio.

O conteúdo foi inspirado em pesquisas, informações diversas e algumas referências do Escola Kids.

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